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Celebra-se a 6ª ed. Festival Encontros de Novas Dramaturgias

A 6ª edição do Festival END apresenta-se com um programa duplo: o primeiro a decorrer de 18 a 20 de Março em Guimarães (Teatro Oficina/A Oficina) e o segundo de 21 a 23 de Março em Coimbra (Teatro Académico de Gil Vicente/Universidade de Coimbra)

[O SISTEMA] CPL © Dinis Santos
[O SISTEMA] CPL © Dinis Santos

A 6ª edição do Festival END apresenta-se com um programa duplo: o primeiro a decorrer  de 18 a 20  de Março em Guimarães (Teatro Oficina/A Oficina) e o segundo de 21 a 23 de Março em Coimbra (Teatro Académico de Gil Vicente/Universidade de Coimbra), continuando dedicado à promoção, divulgação e sensibilização da dramaturgia portuguesa contemporânea junto de todos os públicos. Ao longo de 6 dias de programação intensa, o festival propõe a mostra de projetos em fase de criação e a exibição de espectáculos (teatro, dança, performance), bem como oferece um conjunto de atividades oficinais, no âmbito do projeto a Escola do Espectador Emancipado. 

A Escola do Espectador Emancipado (EEE) é o nome dado ao programa paralelo do festival e procura criar espaços de reflexão em torno da dramaturgia,  privilegiando a relação direta entre autores e participantes, e estimulando o seu conhecimento através da prática artística. 

A EEE inclui ainda um conjunto de oficinas de teatro que podem ser consultadas aqui. As inscrições terminam no dia 6 de março!

Através da EEE, o festival acolhe cerca de 70 alunos e professores provenientes de dezassete instituições de ensino em Portugal e Espanha, convidados, com os demais espectadores e participantes, a uma imersão plena nos materiais da imaginação que marcam a nossa dramaturgia e cena contemporâneas.

De frequência bienal, o Festival END promove e divulga a escrita original para teatro e outras artes performativas, convidando dramaturgos a partilhar os seus mais recentes trabalhos nos mais diversos formatos de apresentação – seminários, debates, leituras encenadas e participativas, ensaios abertos, oficinas de criação e de dramaturgia, residências artísticas, espetáculos, entre outros. São ainda convocados artistas, investigadores, professores, alunos de artes performativas e demais participantes e espectadores que queiram pensar as potências e possibilidades da dramaturgia hoje.

Dedicado à promoção, divulgação e sensibilização da dramaturgia portuguesa contemporânea junto de todos os públicos, o programa do Festival END 2024 apresenta-se em duas partes: a primeira a decorrer em Guimarães e a segunda em Coimbra. Ao longo de 6 dias de programação intensa, esta edição apresenta atividades de formação, criação (com seminários e oficinas integradas no seu programa paralelo ‘Escola do Espectador Emancipado’), e de pensamento via conferência, debate e uma mesa-redonda. O programa privilegia ainda projetos em processo de criação (ensaio aberto e conferência-performance), espetáculos de teatro, dança e performance; e ainda peças para rádio e estádio de futebol.


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Em Guimarães, o festival decorre em diversos espaços d’A Oficina e alimenta-se do projeto artístico do Teatro Oficina (TO), assente no apoio à criação, com especial foco no estímulo à sua dramaturgia. O festival abre o véu sobre o processo de criação de “Lugar X” de Catarina Vieira, em residência no programa ‘Criação Crítica’ do TO, com acompanhamento dramatúrgico de Marta Bernardes. Outra residência é apresentada em forma de leitura encenada, “A gente na boate sofre”, escrita e dirigida por Diego Bragà, que volta, em sessão noturna, com o projeto musical “Super Puta”  que celebra um conjunto de colaborações artísticas e que é “um convite a ouvir, entender e a olhar para as pessoas não-binárias, e pensar sobre a humanidade no geral, num sentido de se experimentar”. Bruno dos Reis apresenta a sua obra “Na Relva Esfola Menos”para um estádio de futebol, uma narrativa para se ouvir e passear no relvado. Enquanto Tiago Cadete nos oferece com a performance-instalação “Manjar”, “um grande banquete” em que a comida é som, relacionando a culinária a partir do processo de colonização portuguesa, Rogério Nuno Costa propõe, com a conferência-performance “Vou A Tua Casa_Condomínio”, a realização de um jantar em que a comida é alimento e propósito para palestrar e interagir com autores convidados ao repasto a ser observado pelos espectadores.

O programa de Guimarães acolhe ainda uma conferência-performance de Sónia Baptista que nos entrega, desta vez, a primeira etapa pública do seu trabalho “Dikes on Ice” com um Preâmbulo que inaugura a sua investigação sobre mais lugares comuns via “mitologias pessoais e universais, estereótipos e preconceitos, agressões e efabulações da realidade de viver como uma mulher que ama outras mulheres”. É também na cidade vimaranense que se inicia a transmissão de “Madame de Quay”, texto inédito de Gonçalo Waddington, criado para rádio por Luís Araújo que, por sua vez, escreve e encena “A Peça que falta” no contexto das OTO – Oficinas do Teatro Oficina. E, para encerrar a primeira parte do programa, Cristina Planas Leitão apresenta o seu novo projeto coreográfico, “O Sistema”, que trabalha em cena a fronteira entre a ficção e o real, ancorado nas ideias de trabalho, solidariedade e amizade.

No seu programa paralelo, designado ‘Escola do Espectador Emancipado’, o Festival END oferece, ainda, atividades de formação participativa, através de oficinas de criação, escrita e dramaturgia, privilegiando a sua contemporaneidade e transdisciplinaridade, proporcionando lugares de encontro entre autores, artistas, estudantes, professores, investigadores e outros participantes. ‘Escola do Espectador Emancipado’ convida estudantes e docentes de várias universidades, escolas superiores e profissionais portuguesas que tenham nos seus currículos ciclos de estudos em artes performativas para participarem no Festival END oferecendo-lhes um programa que procura criar espaços de reflexão e mediação em torno da dramaturgia, estimulando o seu conhecimento através da prática artística. É o que acontece nas Oficinas de Dramaturgia e Criação “A gente na boate sofre” (Diego Bragà) e “Morrer pelos passarinhos” (Lígia Soares e Henrique Furtado); nas Oficinas de Escrita “O Estado das Coisas” (Rui Pina Coelho e Marta Freitas) e “Loop” (Ana Luena e José Miguel Soares); ou ainda no Seminário sobre “Processos de Composição e Dramaturgia para a Cena” com Gonçalo Waddington, Raquel S, Rui Catalão, e Keli Freitas; bem como nas várias conversas pós-espetáculo moderadas por Beatriz C. Wellenkamp, Nelson Guerreiro e por Mickaël de Oliveira.

Para uma reflexão mais ampla, o programa da ‘Escola do Espectador Emancipado’ propõe igualmente o debate “Dramaturgia contemporânea – Arquivo e divulgação” (Fernando Matos Oliveira, Marta Freitas e Paula Braga) e a mesa-redonda “Os desafios do ensino da dramaturgia em Portugal” (moderada por Cátia Faísco), com professores do ensino profissional e superior em artes performativas. Aos professores convidados, juntam-se cerca de 60 dos seus estudantes provenientes de dezassete instituições de ensino em Portugal e Espanha, convidados a acompanhar o programa do Festival END, em Guimarães e em Coimbra, para uma imersão plena nos materiais da imaginação que marcam a nossa dramaturgia e cena contemporâneas.

Redacción

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