O Camões – Centro Cultural Português em Vigo apresenta, nos dias 19 (às 19h e às 20h) e 20 de dezembro (às 18h) três sessões do espetáculo Eu.Camões, desenvolvido pelo seu grupo de teatro amador Eu.Experimento, com encenação de Afonso Becerra de Becerreá.
A proposta é uma viagem lúdico-festivo-teatral, através de uma colagem de cenas independentes, criadas pelo Eu.Experimento para celebrar e para homenagear a Casa de Arines, o CCP-Vigo, o próprio Eu.Experimento e Luís de Camões. Um espetáculo-viagem, de muita proximidade, em três sessões limitadas a apenas 15 espectadoras/es cada.
A obra reúne quatro pequenas peças de teatro autónomas, quatro delas criadas e já apresentadas anteriormente nas comemorações do 10.º aniversário do Eu.Experimento e do 25.º aniversário do Camões – Centro Cultural Português em Vigo, em 2023, e uma quarta peça apresentada recentemente, num espetáculo de celebração dos 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões.
A entrada é livre, mas está sujeita a reserva prévia através dos seguintes contactos: Tel: (+34) 986 430370 / [email protected]
Os bilhetes permanecerão reservados até meia hora antes do início do espetáculo.
A sinopse do espetáculo, segundo a folha de sala
1ª paragem nos exteriores e pelos interiores da Casa de Arines: “UMA CASA PORTUGUESA”. Nuria Otero transforma-se numa figura alegórica de Portugal, uma espécie de fada, que veste as cores da bandeira portuguesa, e que nos recebe e nos cumprimenta, para nos dar a conhecer alguns dados da história desta casa e convidar-nos a entrar e a descobrir alguns mistérios.
2ª paragem nas escadas ao pé da lareira: “A QUE CHEIRA PORTUGAL?” Laura Donibane e Rosa E. Gantes vão-nos receber numa cozinha cheia de diversão e evocação sensorial. Vão-nos convidar a fazer uma viagem através de alguns dos cheiros mais evocadores e até embriagadores de Portugal. Se calhar até saímos a cantar.
3ª paragem na sala de aulas: “O BISPO SARDINHA”. Xaco Otero escreveu uma cena sobre o Bispo Sardinha, Pero Fernandes Sardinha (1496-1556), o primeiro bispo português a chegar ao Brasil. Rosa E. Gantes, no papel de barqueiro, e Carmen Suárez, no do Bispo Sardinha, vão navegar por entre Natasha García Riveiro, Laura Donibane, Noela Martínez e Nuria Otero, no papel da tribo Caeté, para brincar com o naufrágio do bispo na foz do rio Couripe, na região norte da Bahia, e com a sua captura pelo povo Caeté.
4ª e última paragem no salão: “CAMONIANA”. Na mesma data histórica da cena do Bispo Sardinha e da sua viagem final, Camões andava também de viagem, era a época das grandes travessias portuguesas, e o poema épico d’Os Lusíadas começava a tomar forma por volta de 1554. Nós pegamos numa parte do Canto III d’Os Lusíadas para acabar com uma história de amor imorredoiro, a da galega D. Inês de Castro, interpretada por Laura Donibane, e do Rei D. Pedro, figura ausente, evocada pela personagem alegórica do Amor, dançado por Nuria Otero e por um coro formado por Natasha García Riveiro, Rosa E. Gantes, Carmen Suárez e Noela Martínez. Um coro que é alegoria da piedade e que denuncia a crueldade, para defender o amor, num tributo ritual e festivo a D. Inês de Castro.